Livro:Perdida
Autor:Carina
Rissi
Gênero:
Romance
Páginas: 370
Resumo: Sofia
vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que
isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento.
Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo
isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo
aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no
século XIX, sem ter idéia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família
Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa.
Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba
encontrando algumas pistas que talvez possam levá-la de volta para casa. O que
ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...
Desenvolvimento: Quem
não gostaria de ser enviado para o século XIX onde tudo é glamoroso, chique, e
rico? Um sonho de garota onde encontraria um príncipe
encantado? Mas para Sofia isso só podia ser um filme de terror. Acostumada e
viciada a modernidade do século XXI, sente-se em um pesadelo ao,
misteriosamente ser enviada para o inicio de 1800 após comprar um novo celular.
“— Estamos no ano de mil oitocentos
e trinta e garanto-lhe que sou um homem de bem. Não tenho outra intenção que
não seja ajudá-la! — ele respondeu, ofendido, à minha pergunta retórica.
Ele
disse mil oitocentos e trinta?
Explodi num ataque de riso
histérico, não pude controlar. O rapaz pareceu perturbado.
— Senhorita, vamos...
— Mil... Mil... Oitocentos e trinta!
— eu não conseguia me conter. Respirei algumas vezes antes de poder falar. —
Boa piada! Muito engraçada mesmo!
—
Não lhe contei piada alguma!” (Página 26)
Perdida e sozinha é ajudada por Ian Clarke (ou senhor
como todos os outros insistem em chamar). Um cavalheiro (e cavaleiro) gentil e
simpático, que está prontamente disposto a ajudar a moça que encontrou perdida
em sua propriedade, mesmo ela estando quase nua, para os preceitos da época,
usando um sapato estranho e uma fala nada comum.
Sofia obviamente se sente descolada por estar em um
lugar tão diferente do habitual. Sendo pelas roupas, o jeito de agir das
pessoas e como a condenam por seu jeito de ser.
Entretanto mesmo a contragosto de muitos, Ian parece
estar realmente interessada nessa criatura faladeira, estranha e complicada que
é Sofia. Deixando a garota totalmente sem chão, porque nunca tinha se
apaixonado desse jeito.
“E então seus lábios tocaram os meus
delicadamente. Os dedos em minha nuca se apertaram minimamente. Fiquei em
chamas, minha pele ardia ansiando por seu toque, um fogo denso e abrasador que
me dominou acabando com qualquer resistência.
Passei meus braços em seu pescoço e
me apertei contra ele. O beijo que havia começado de forma suave e delicada se
tornou mais intenso, urgente depois disso. Senti seu braço se estreitar em
minha cintura e, apesar de não haver uma única parte de mim que não estivesse
colada a ele, ainda assim não era o bastante.
Separei
um pouco meus lábios tentando tomar fôlego e, para minha surpresa, encontrei
sua língua começando uma atrevida exploração em minha boca. Uma pequena parte
do meu cérebro — talvez a parte que eu usasse para virar as páginas de revistas
— ficou maravilhada com esta descoberta. ´Sim! O beijo de língua já existia sim!´ Todo o resto de mim se
concentrava nele.” (Página 150)
Entre brigas e beijos, contornando uma história cheia
de mistério ao como ela voltaria para o futuro e mais importante, se ainda
queria voltar para o futuro, a história cativa do inicio ao fim. Com um final
surpreendente.
O
que gostei: Oh... A capa, primeiramente. E sim, eu
leio um livro pela capa e não tenho vergonha de admitir isso. Mas não foi só
isso.
A história em si é incrível. Ir para o século XIX?
Seria incrível... Algo que me fascina são os modos das pessoas. Sempre tão
educadas e atenciosas. E as roupas? Perfeitas (mesmo que nada confortáveis). Os
bailes, em geral. Claro, que nem tudo são flores. A forma como o amor é tratado
(claro que há exceções... quem o diga é minha cara Jane Aunsten *-*), costumes
esquisitos e coisas essenciais que não foram inventadas (quem diria que
sentiria falta do banheiro...).
A ambientação é magnífica. E o modo como a autora descreve
os sentimentos de Sofia é incrível. Assim como é bem detalhistas em alguns
pontos (very hot!).Com certeza a autora deve ter feito pesquisa quanto a
vestimenta e costumes da época porque escrever sobre outro tempo é um pouco
difícil.
A história é daquelas que te prende do inicio ao fim.
Pois acredite, eu li o livro em uma noite... (das oito às duas da manhã,
exatamente). Afinal é uma leitura fácil e divertida. (Comentarei abaixo)
O
que não gostei: Primeiramente, narrativa em primeira
pessoa. Eu DETESTO. O fato de você ver o ponto de vista de apenas uma pessoal
me cansa.
A escrita da autora é um pouco fraca. Sim, é para ser
divertido e simples, mas ela não detalha tudo o que é necessário. Talvez seja
por estar em primeira pessoa e Sofia não se interessar por tudo ao seu redor.
Descaracterização da personagem. Sim, você me pergunta,
como isso é possível? Vejamos. Ela adora livros e é muito
fã de Jane Austen, mas não consegue se comportar com um mínimo de modos ao
estar no passado. E sua fala me irrita. Como uma fanática por livros pode falar
tanta gíria?
Claro que não culpo totalmente a autora. Afinal não sei que
ela queria colocar a personagem desse jeito para que o choque de cultura seja maior.
Mas mesmo com isso a história é adorável.
Considerações
Finais
Livro gostoso de ser lido. Fácil, simples e divertido. Bom
para rir e suspirar (Até eu quero o Ian para mim...). Mas também esteja pronta
para gritar e chorar (a parte final é tão triste...). Super recomendo para você
que quer sair da rotina. As vezes é bom ler livros gostosos e fofos para
variar...
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